30/03/2013

Mas é um medo gostoso de ter...

eu sempre vou querer mais.
uma dose não me basta e na segunda eu já peço arrego - querendo pedir colo. querendo pedir tudo o que não se pede assim ou que se pediria e perderia a prazo todo o resto.
não me incomoda a pose, a vodca, a falta de planos.
mal se teve tempo pra tudo isso, mas repita de novo essa história sobre as conjugações erradas que é melhor do que estar sóbria e sombria com essas coisas dentro do peito.
vou desenhando com um rabisco desengonçado todos os traços pra não me perder depois,
é um risco, e eu não quero voltar pra casa pra perceber o sol se pôr,
pra não te ouvir falar besteira sobre as minhas tremedeiras descontroladas
ou do paradoxo das tuas reações no meio dos teus diálogos inapropriados.
você não sabe, mas talvez eu conte
toda a confusão, a porra louca, a putaria
agora toda calmaria com a tua respiração agitada.
dá tempo ainda de não olhar
não entender
de não inventar motivos pra procurar
não virar poesia
ou de não querer esse drama todo que é gostar tanto do que não me tem medida e acabar cabendo nessa falta de sentido que é você ser as palavras que eu sou também só porque me tem suada e pequena e menina na órbita quente da tua pulsação cretina.



e que você também não entenda o que eu nunca vou entender...

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