24/02/2014

Ternura

eu larguei o escárnio só de olhar teus olhinhos miúdos de um castanho inexistente nas palhetas de cor
e a empáfia só de assumir o afeto pelas tuas mãos suadas
e o sarcasmo ao ouvir sua risada rouca e achar que tem graça nas suas piadas infames

eu observei toda ferida virar pele
todo caos, sossego
toda ruína, carinho

e eu jamais saberia definir tamanha ternura pelo nosso pouco, que pouco importa, espaço de tempo, que me faz sentir esse amor absurdo por você.




você disse que ia se apaixonar por mim 
e eu, fatidicamente, vou escrever poesias sobre você...

Nenhum comentário:

Postar um comentário